Hoje me peguei viajando sobre como serão os próximos anos, em que de acordo com grandes empresas de tecnologia, poderei abrir a geladeira e ter a certeza de que minha geleia e suco de laranja estarão lá independente de eu me lembrar ou não de passar no supermercado.
Dispensarei o uso de carro próprio pois além do mesmo ter custos elevados, existirão veículos sem motoristas com menor índice de erros no desvio de transito e provavelmente custos ainda menores do que o atual e queridinho “UBER”.
Farei compras diretamente do meu sofá pelo controle remoto ao admirar as belas celebridades com seus looks incríveis. Vou frequentar lojas quase que só por diversão, e exigir que sejam interativas com meu smartphone, smartclock, glasses ou outros itens que com a IOT ganharem vida.
Exigirei níveis mais altos de atendimento, seja para reclamar, ou simplesmente para tirar dúvidas. Vou querer transparência, agilidade e me sentir única independente da massa de clientes que as companhias tenham.
Como consumidora este cenário me parece encantador, mas ao vestir os óculos dos Diretores com quem converso diariamente, sei o quanto líderes de Tecnologia, Marketing, Customer Journey, Customer Experience, Digital estão se desdobrando e refletindo especialmente junto as áreas de RH e Finanças sobre a necessidade e impactos de inovar.
A área de RH por exemplo algumas vezes se depara com pedidos para demitir massas pois os, com o perdão da palavra “apertadores de botões” serão substituídos por máquinas de última geração que além de garantir um alto padrão processual, representam economia e ganhos significativos para as companhias. É aí que entra a dúvida, como fica o papel social das companhias?
CFOs e CEOs, estão divididos, pois sabem que automatizar é extremamente positivo em diversos sentidos, mas sabem também que demitir grandes volumes pode ter consequências severas a curto prazo.
O dilema inovar e arcar com as consequências, ou não fazer nada e correr o risco de amargar uma falência faz desta uma época desafiadora para ser líder.
Após alguns minutos de reflexão cheguei a um pensamento ÓBVIO, “Nada do FUTURO acontece sem dores ou impactos, nem mesmo coisas boas”.
Abaixo alguns exemplos de companhias que morreram por NÃO INOVAR:
Kodak
Sinônimo de seu setor na década de 1970, faliu por falta de inovação. Ela mesmo inventou o que ia falir a empresa: a câmera digital, mas prevendo que a mesma iria prejudicar a venda de filmes, engavetaram a tecnologia.
Yahoo!
Em 2005 chegou a valer US$ 125 bilhões. Foi recentemente vendida para a Verizon, por US$ 4,8 bilhões. Ela poderia ser o maior portal de pesquisa da internet, mas decidiu ser um portal de mídia. Foi por isso que não comprou o Google que valia US$ 1 milhão em sua primeira oferta e era só uma startup.
MySpace
A primeira grande rede social dos Estados Unidos, que teve o mesmo destino do Orkut. Parecia bacana, mas a plataforma estagnou.
Pouco tempo depois, o Facebook surgiu do nada e tomou o espaço do MySpace facilmente, criando inúmeras novas funcionalidades.
Blackberry
A companhia chegou a ter mais de 50% do mercado de celulares nos Estados Unidos, em 2007. O primeiro iPhone foi lançado no dia 29 de junho de 2007. A Blackberry ignorou as tecnologias que o iPhone estava trazendo, como o touch-screen e julgou que a empresa nunca seria capaz de se tornar o standard corporativo por não conseguir lidar com a segurança a nível de e-mail empresarial.
Mas a Apple dominou o mercado de consumidores pessoas-físicas e promoveu o BYOD (Bring Your Own Device, traga seu próprio aparelho) dentro das empresas. Com isso, o mercado foi redefinido e a Blackberry perdeu quase todo seu marketshare. A empresa faliu.
Você deve estar se questionando, “mas, e que impacto as mudanças citadas acima tiveram na sociedade? (Desemprego, crise, guerras políticas, fome...)”
Exato, “NENHUM!” (por favor, me corrijam se estiver errada)
Observem, que nenhuma destas falências, desencadeou grandes impactos sociais a não ser para a própria empresa e seus colaboradores diretos.
Em 2017 vimos a insatisfação de funcionários do Banco ITAU, declarando “DIGIT@AU = DESEMPREGO. DIGA NÃO ÀS AGENCIAS DIGITAIS”
Obviamente como consumidora achei um absurdo, pois as agencias digitais são um grande avanço. Mas não dormi até me colocar no lugar daqueles que perderam suas posições.
A movimentação dos bancos para ser digitais e reduzir agencias, é uma resposta as expectativas dos clientes, e também para não perder ainda mais mercado para as Fintechs, mas como explicar isso aos que planejaram suas carreiras nestas instituições?
SIMPLES, da mesma forma que o CNPJ deve INOVAR, os CPF’s devem se reinventar. Serão dias cada vez mais dolorosos para os que não se prepararem para mudanças.
E é com extrema curiosidade em conhecer casos reais de companhias que tiveram que pesar INOVAÇÃO, IMPACTOS SOCIAIS e SOBREVIVER, que deixo aqui uma pergunta, que outros casos você conhece de modelos de negócio que impactaram ou deverão impactar a sociedade?
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